João Doria anuncia o decreto de 15 dias de quarentena

O governador João Doria (PSDB) afirmou na tarde deste sábado (21) que irá determinar quarentena, pelo período de 15 dias, a partir da próxima terça-feira (24) até o dia 7 de abril, para os 645 municípios do estado de São Paulo.

medida obriga o fechamento do comércio e mantém apenas os serviços essenciais, como nas áreas de Saúde e Segurança. A publicação do decreto será feita no Diário Oficial do estado.

O estado de São Paulo registra 15 mortes de pessoas infectadas pelo coronavírus e 34 pacientes internados em UTIs em tratamento. Todas as mortes foram confirmadas na capital paulista. São 9 mil casos suspeitos.

A Secretaria estadual da Saúde e o Ministério da Saúde informaram neste sábado que já são 459 pessoas infectadas no estado de São Paulo.

Poderão continuar funcionando na quarentena:

  • Hospitais, clínicas, farmácias e clínicas odontológicas;
  • Transporte público;
  • Transportadoras e armazéns;
  • Empresas de telemarketing;
  • Petshops;
  • Deliverys;
  • Supermercados, mercados e padarias;
  • Limpeza pública;
  • Postos de combustível.

Terão de fechar as portas:

  • Bares;
  • Restaurantes;
  • Cafés;
  • Casas noturnas;
  • Shopping centers e galerias;
  • Academias e centros de ginástica;
  • Espaços para festas, casamentos, shows e eventos;
  • Escolas públicas ou privadas.

*Bares, cafés e restaurantes podem manter o funcionamento em sistema de delivery e/ou drive thru.

“A partir da próxima terça-feira, 24 de março, nós decretamos quarentena aos 645 municípios do estado de São Paulo. Isso implica na determinação, na obrigação, do fechamento de todo o comércio e serviços não essenciais à população em todo o estado de São Paulo pelo período de 15 dias”, disse Doria durante coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes, na Zona Sul de São Paulo.

“Esta medida poderá ser renovada, estendida ou suprimida se houver necessidade, mas ela faz parte das informações que nós temos, embasadas da Secretaria de Saúde e do Centro de Contingência do Covid-19”, acrescentou o governador.

Os hospitais, clínicas, farmácias e clínicas odontológicas, públicas ou privadas, terão o funcionamento normal.

As transportadoras, armazéns, serviços de transporte público, serviços de call center, petshops, bancas de jornais, táxis e aplicativos de transporte continuam funcionando com as orientações dos sanitaristas.

Os serviços de Segurança Pública, tanto estadual, quanto municipais, continuam funcionando normalmente. Os bancos e lotéricas também continuam abertos. As indústrias devem continuam operando, já que não têm atendimento ao público em geral.

“Quero esclarecer também que os serviços essenciais nas áreas de saúde pública, alimentação, abastecimento, segurança e limpeza deverão seguir funcionando”, ressaltou o governador.

“Todo o sistema de segurança pública e segurança privada continuam a operar normalmente. Por óbvio, nos seus municípios, as guardas municipais, no âmbito do estado: polícia militar, polícia civil, corpo de bombeiros, sistema prisional, polícia científica, todo o funcionamento regular”, afirmou Doria, lembrando que as férias e licenças desses profissionais já foram revogadas neste período.

Já os bares e restaurantes devem fechar e só poderão atender por delivery. A medida também afeta as padarias de todo o estado que trabalham com refeições.

“As ações de bares, restaurantes, similares, assim como a parte de alimentação preparada das padarias sofrerão neste período de coronavírus, obviamente, uma transformação. O uso de delivery é uma forma criativa de seguirem funcionando e manterem os empregos de seus profissionais.”

De acordo com o prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), na terça (24) será publicado um decreto municipal para orientar os fiscais como devem agir na fiscalização dos estabelecimentos.

Doria afirmou que irá usar a Força Policial, caso necessário, para evitar a aglomeração de pessoas. “Vamos adotar medidas policiais para evitar bailes funks”, declarou.

Teste de medicamento contra a Covid-19

Algumas pesquisas indicaram que a hidroxicloroquina e cloroquina podem ser utilizadas no tratamento do Sars-Cov-2. Mas não há nenhuma comprovação sobre o benefício da substância no tratamento do novo vírus. Apesar disso, alguns hospitais privados de São Paulo, como o Prevent Senior, passaram a usar a medicação.

“Existem algumas publicações científicas que falam do efeito favorável de duas situações. O primeiro, o uso da cloraquina individualmente e, depois da cloroquina com azitromicina. São trabalhos iniciais, com número pequeno de voluntários. Então, os resultados ainda não são suficientes para que nós tenhamos conclusões a respeito. O que é preciso fazer agora: aumentar o número de voluntários, à semelhança do que ocorre em outros 200 e tantos protocolos científicos de outros medicamentos em todo o mundo”, afirmou David Uip, coordenador do Centro de Contingência da Covid-19.

Dois hospitais privados começaram a fazer protocolos de pesquisa utilizando a associação de da azitromicina com cloroquina.

“Eu entendo que, sendo protocolos de pesquisa avaliados pelos comitês de ética e aprovados pela Conep, tudo bem. Mas há também uma sistematização para o uso dos medicamentos. Esses são medicamentos clássicos, conhecidos por todos nós, então ele ultrapassa a necessidade iniciais de segurança de uso porque já há segurança na utilização em outras doenças”, lembrou sobre a falta do medicamento nas farmácias.

A Secretaria Estadual da Saúde recebeu a doação do medicamento por uma rede de farmácias e que está em fase de entrega.

fonte: https://g1.globo.com/

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